sexta-feira, 16 de maio de 2008

Metodologia

Sendo a ASC um processo dirigido á organização das pessoas com vista á realização de projectos e iniciativas desde a cultura ao desenvolvimento social, podemos também á luz de teorias por nós abordadas durante a nossa formação académica que finda agora, com a realização de um projecto de intervenção (no caso do nosso grupo) social, concebe-la como uma metodologia de intervenção, que assenta num conjunto de práticas sociais que visam gerar processos de participação com o objectivo de promover o desenvolvimento sociocultural, pessoal e educativo. No entanto definir o conceito de ASC é ainda uma tarefa difícil, devido á sua ambiguidade.
Reportando-nos agora para a metodologia da ASC, quando se pretende intervir no contexto de ASC é necessário introduzir dinâmicas de progresso, conhece-las e ter algum controle sobre elas, a metodologia cumpre neste contexto a função de ser uma estrutura para avançar, sendo também uma forma de não perder a carruagem da evolução social.
Sendo que a ASC trabalha com pessoas e a sua realidade, á sempre uma dose de incerteza quanto aos imprevistos que poderão surgir, por isso mesmo uma adequada utilização da metodologia reduz esse imprevisto ao mínimo possível; facilita a informação de processos de acção e, por conseguinte, da procedência exacta dos erros e dos acertos.
A metodologia é também um ponto de referência estável, que proporciona a racionalidade suficiente aos processos socioculturais, para que a emoção encontre também o seu lugar adequado, logo cabe ao Animador ser flexível e ter capacidade para se adaptar ás realidades em que vai actuar.
Podemos afirmar que a metodologia não sendo, nem devendo ser rígida se rege por alguns princípios que a seguir mencionamos:

· Equifinalidade: a metodologia deve prever diversos métodos e procedimentos para chegar ao mesmo fim.

· Adaptabilidade: a metodologia há-de ser capaz de evoluir dinamicamente em função da mudança e cujas condições em desenvolvimento experimentem, mantendo, por um lado, a sua eficácia e, por outro, a orientação com os seus objectivos finais.

· Eficiência: a metodologia deve aplicar-se com economia de recursos ajustando a relação entre objectivos e possibilidades.

· Sinergia: a metodologia no seu conjunto tem maior capacidade de avançar do que um dos seus componentes em separado.

· Retro alimentação: a metodologia inclui mecanismos correspondentes de retro alimentação informativa, para assegurar os princípios de equifinalidade, estabilidade, adaptabilidade, eficiência e sinergia.

O nosso projecto, entra no contexto do desenvolvimento social, e esperamos que seja um factor ou instrumento de mudança social da comunidade Alterense, assim como da comunidade residente na instituição “Desafio Jovem”.
Entendemos ser necessário formular projectos nesta modalidade de progresso (social), visto ser este um dos desafios da profissão que viremos a exercer futuramente, sabemos também que nos movemos num espaço utópico, já que sabemos que a igualdade social que pretendemos ter de futuro não se revelará logo, como pretendíamos, mas achamos necessário criar sinais que envolvam esta mesma utopia para que um dia esta deixe de ser utópica e passe a designar-se de realidade.
Cabe agora ao nosso grupo interpretar este modelo metodológico apresentado, inspirado na teoria geral dos sistemas, para que a nossa intervenção tenha desempenho que todos nos perspectivámos.

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